Enfrentando mais um dia de turbulência nos mercados doméstico e internacional, o dólar voltou a ultrapassar o valor de R$ 5,40 e fechou no maior patamar desde janeiro. A bolsa de valores teve leve alta, com ações de empresas varejistas compensando o recuo de papéis de empresas exportadoras de commodities.
O dólar comercial fechou esta terça, 12, comercializado a R$ 5,436, com alta de R$ 0,068 (+1,27%).
A moeda norte-americana encontra-se em seu maior patamar desde 24 de janeiro, quando tinha fechado a R$ 5,50. Com o novo valor, o dólar acumula alta de 3,98% em julho. A divisa ainda cai 2,41% neste ano. Desde quando chegou a R$ 4,60, no início de abril, o dólar subiu 18,06%.
Já o índice Ibovespa, da B3, encerrou em 98.271 pontos, com alta de 0,06%.
Os investidores comparam dólares globalmente, antes da publicação das informações de inflação de junho nos Estados Unidos, estimados para saírem hoje, 13. Diante do aumento do índice esperado, as apostas de que o Federal Reserve (FED, Banco Central norte-americano) eleve os juros básicos em 0,75 ponto percentual na próxima reunião são intensificadas. Taxas mais altas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Além disso, outros fatores como a divulgação dos novos lockdowns na China para conter a pandemia de Covid-19 contribuíram para esse cenário. A China é uma importante consumidora de commodities, assim , a medida contribuiu para que a cotação do petróleo brent (usado nas negociações internacionais) tive queda para US$ 99,49 o barril, no menor nível desde 11 de abril.
No Brasil, os investidores seguem atentos para a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta os benefícios sociais e cria auxílios para caminhoneiros e taxistas. A medida custará R$ 41,25 bilhões no Orçamento da União deste ano.
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