Elevação na taxa Selic deixa crédito e prestações mais caros para os brasileiros

A alta na taxa Selic (juros básicos da economia), promovida nesta quarta, 15, pelo Banco Central, continuará a encarecer o crédito e as prestações, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Embora a consequência na ponta final ser diluído, devido à disparidade significativa entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário.

A Anefac afirma que os juros médios para as pessoas físicas passará de 117,23% para 118,21% ao ano. Enquanto para as jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano. A Selic passou de 12,75% para 13,25% ao ano.

No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o consumidor vai ter que pagar R$ 0,38 a mais por prestação e R$ 4,62 a mais no valor final com a nova taxa Selic. Aquele que entrar com um cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por um mês, o cliente gastará R$ 1,20 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,82 a mais após o pagamento da última parcela.

Enquanto um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira custará R$ 0,81 mais caro por prestação e R$ 9,70 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,16 a mais por parcela e R$ 669,47 a mais no total da operação.

A corporações jurídicas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Poupança
Além disso, a Anefac também fez uma simulação em relação aos rendimentos da poupança. Com a taxa de 13,25% ao ano, a caderneta só gera mais lucro quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta.

Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em dois cenários. O primeiro é para aplicações de até seis meses em relação a fundos com taxa de 2,5% ao ano. E o segundo, quando há aplicações de até dois anos em relação a fundos com taxa de administração de 3% ao ano.

A vantagem dos fundos acontece mesmo diante da cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Mesmo isenta de tributos, a poupança rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que cresce conforme a elevação da Selic.

FONTE: EBC

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