Com uma melhora no cenário externo, o dólar caiu para perto de R$ 5, e a bolsa se recuperou de uma série de oito quedas seguidas. A decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de elevar os juros básicos nos Estados Unidos em ritmo que superou as expectativas foi abraçada pelos investidores internacionais, gerando alívio nas economias mundiais.
O dólar comercial encerrou esta quarta, 15, vendido a R$ 5,026, com recuo de R$ 0,108 (-2,11%).
A moeda norte-americana acumula alta de 5,74% neste mês. Em 2022, a divisa cai 9,86%. Esta foi a prima diminuição da moeda após sete altas seguidas.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 102.807 pontos, com alta de 0,73%. Apesar da alta enfrentada nesta quarta, a bolsa brasileira ainda junta recuo de 7,67% no mês, após dias de tensão em torno dos juros norte-americanos.
A alta de 0,75 ponto nos juros estadunidenses indicou o maior crescimento de uma vez em 28 anos. Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, a inflação do país, que está no maior nível em 41 anos, surpreendeu e justificou a elevação da taxa.
Geralmente, juros mais altos em país desenvolvidos incitam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil. Mas, o cenário foi diferente. O mercado entendeu que o aumento desta quarta estava “precificado” (incorporado nos preços dos ativos financeiros), gerando um movimento de alta nas bolsas e uma queda do dólar mundialmente.
No Brasil, também foi dia de reunião do Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto, para 13,25% ao ano, de acordo com o planejado pelas instituições financeiras. A alta nos juros brasileiros ajuda a conter a fuga de capitais e a segurar o valor do dólar perante o real.
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