Militares ucranianos que resistem em Sievierodonetsk foram bombardeados mais uma vez nesta quarta, 8, por forças russas que veem a captura da cidade industrial como chave para o controle da região em volta de Luhansk.
No Sul do país, outro grande campo de batalha, autoridades disseram que os ataques de Moscou a propriedades agrícolas, incluindo depósitos, estavam agravando a crise alimentar global, que desperta preocupações em alguns países em desenvolvimento.
A Turquia recebeu o ministro das Relações Exteriores da Rússia para debater um plano da Organização das Nações Unidas (ONU) de abrir um corredor no Mar Negro para as exportações de grãos ucranianos. O chanceler Sergei Lavrov disse que para que isso ocorra é preciso que a Ucrânia retire as minas explosivas de seus portos, ação que Kiev considera um risco para ataques do mar.
Os russos estão tentando há semanas ter o controle de Sievierodonetsk, que abrigava cerca de 106 mil pessoas antes do começo da guerra. O governador da região de Luhansk disse que as forças ucranianas não se renderiam na cidade.
“Não desistiremos da cidade, mesmo que nossos militares tenham que recuar para posições mais fortes. Isso não é desistência, mas podemos ser forçados a recuar”, declarou Serhiy Gaidai à televisão ucraniana.
Luhansk e a província de Donetsk formam a região de Donbas, reivindicada pelos russos os separatistas de língua russa que ocupam partes do local desde 2014.
A Rússia voltou o foco para a região de Donbas, desde que suas forças foram derrotadas nos arredores de Kiev, em março.
O gabinete do mandatário ucraniano disse que houveram duas mortes e dois feridos na região de Luhansk nas últimas 24 horas, cinco civis ficaram feridos na região de Donetsk e quatro mortos e 11 feridos na região de Kharkiv.
A maioria dos habitantes da cidade fugiu, porém segundo as autoridades há ainda aproximadamente 24 mil pessoas no local
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