O setor público consolidado apontou superávit primário de R$ 38,9 bilhões no mês passado, segundo dados desta terça, 31, do Banco Central. Nos últimos 12 meses, as contas públicas tiveram um resultado positivo de R$ 137,4 bilhões, referente a 1,52% do Produto Interno Bruto (PIB).
O segmento é integrado por governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), estados, municípios e empresas estatais (exceto Petrobras, Eletrobras e bancos públicos). Somente as empresas estatais não apresentaram superávit em abril, contando com déficit de R$ 1,040 bilhão.
O governo central teve superávit de R$ 29,638 bilhões em abril, por outro lado o resultado dos governos regionais no mês foi positivo em R$ 10,278 bilhões, de acordo com dados fiscais do BC.
No primeiro quadrimestre de 2022, o superávit primário acumulado é de R$ 148,493 bilhões. Enquanto no mesmo período de 2021, o superávit era menor, registrando R$ 75,841 bilhões.
O resultado pioneiro é aquele que considera receitas e gastos do setor público, não contando com o pagamento dos juros da dívida pública. Caso os juros sejam incluídos na conta, o chamado resultado nominal, em abril foi registrado um déficit de R$ 41,024 bilhões.
A cifra é fruto da diferença entre o superávit primário e o dinheiro gasto com o pagamento de juros pelo setor público em abril, que atingiu R$ 79,900 bilhões.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, o déficit nominal era de R$ 352,042 bilhões, sendo 3,9% do PIB, uma alta de 0,75 ponto percentual em comparativo com o apontado no mês anterior.
Dívida pública
A dívida líquida do setor público chegou a 57,9% do PIB em abril (R$ 5,2 trilhões). O resultado foi 0,3 ponto percentual menor do que registrado em março. Segundo o BC, houve ganhos com a desvalorização cambial e do crescimento do PIB nominal.
Já a dívida bruta do governo geral (que inclui todos os débitos do governo federal, da Previdência e governos estaduais e municipais) chegou a 78,3% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em abril.
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