Burnout parental atingiu 68% das mulheres durante pandemia de Covid-19

Grande parte dos trabalhadores com filho apresentou sintomas de burnout durante a pandemia de Covid-19. Esse cenário é apontado pela nova pesquisa realizada pela Ohio State University (OSU). O estudo indica que 66% dos pais e mães que trabalhavam durante o período de isolamento social foram acometidos pelo chamado “burnout parental”.

Esse é um termo não clínico para um tipo de burnout, caracterizado pelo cansaço físico, emocional e mental gerado pelas demandas contínuas da parentalidade, podendo levar à sensação de exaustão e de distanciamento emocional dos filhos.

Bernadette Melnyk, diretora da Faculdade de Enfermagem da Ohio State University e autora do estudo, diz que o burnout parental deve perdurar por mais tempo, já que o período de isolamento social pode ter “esgotado as reservas de força” de muitos pais.

Os pesquisadores também defendem que qualquer mãe ou pai pode ser acometido de burnout parental, mas os que trabalham e cuidam dos filhos podem correr risco especial de exaustão.

Mães são as mais afetadas
Os dados apontam que 68% das mães que trabalham disseram sofrer de burnout. Esse número é superior ao dos pais, que foi de 42%. Esse resultado pode ser reflexo da pressão social implícita para que as mulheres sejam boas mães, profissionais e donas de casa, o que pode contribuir para o chamado “burnout materno”.

O que é burnout parental e como notar os sinais
O burnout parental não é um diagnóstico clínico, mas pode ser considerado como um subtipo da Síndrome de Burnout, uma condição relacionada ao trabalho que, atualmente, é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre os seus sintomas estão: fadiga, irritabilidade, alterações no sono, no humor e no apetite, além de dores corporais, conforme enumerou Jennifer Yen, psiquiatra da UTHealth Houston, ao The New York Times. A especialista também ressalta que os pais devem ficar atentos a indícios, como sentir raiva ou ressentimento por ter que cuidar dos filhos.

Para os autores do estudo da Ohio State University, o autocuidado é essencial para reduzir os sintomas do burnout parental. Os pesquisadores recomendam que mães e pais coloquem suas próprias necessidades em primeiro lugar, pedindo ajuda de familiares e amigos para cuidar dos filhos quando se sentirem sobrecarregados.

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