Calcinha que protege contra ISTs durante sexo oral é liberada nos Estados Unidos

A agência reguladora dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), validou no começo deste mês uma calcinha capaz de proteger contra infecções sexualmente transmissíveis (IST) durante o sexo oral. Feita em látex ultrafino, a peça íntima é capaz de armazenar os fluidos, gerando proteção durante a relação sem interferir no prazer sexual.

A calcinha, com espessura semelhante à de um preservativo e com sabor de baunilha, forma uma vedação na parte interna da coxa. Assim, a peça é uma opção às folhas protetoras de látex ou de poliuretano, únicos produtos aprovados pela FDA para sexo oral e que precisam ser segurados para impedir o contato direto da boca com os genitais.

Tornar o sexo oral mais seguro e, ao mesmo tempo, prático, é a meta da Lorals, empresa que desenvolveu a peça íntima. “Chega de se atrapalhar desajeitadamente com uma barragem de látex, somente sensações suaves e sedosas sempre que você quiser”, diz a descrição do produto no site da marca.

Como surgiu a ideia de uma calcinha protetora?
Segundo relatado ao jornal estadunidense The New York Times, Melanie Cristol, criadora do insumo e dona da Lorals, teve a ideia de desenvolver a calcinha depois de passar a lua de mel com sua então esposa, em 2014. Na época, Cristol descobriu que tinha uma infecção que poderia ser transmitida sexualmente.

Desanimada com as limitadas opções de proteção e com o difícil acesso às barreiras bucais para sexo oral que, atualmente, são raramente achadas em farmácias dos EUA, ela decidiu abrir a Lorals e vender calcinhas descartáveis.

Sexo oral pode transmitir diversas infecções
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), infecções como gonorreia, sífilis e herpes podem ser transmitidas através do sexo oral. Além disso, o HPV também é transmissível por esse tipo de relação sexual. Infecções na boca ou na garganta advindas do papilomavírus humano podem gerar câncer de boca ou de pescoço.

Segundo Jeanne Marrazzo, diretora da divisão de doenças infecciosas da Universidade do Alabama, em Birmingham, a proteção “pode diminur a ansiedade e aumentar o prazer ligado a esse comportamento em particular”.

Ainda de acordo com o jornal, a FDA não obrigou que houvesse ensaios clínicos em humanos para a aprovação da calcinha. Mas, a organização diz ter autorizado a Lorals a vender o produto depois de a empresa ter apresentado documentação extensa sobre espessura, elasticidade, força e outras características do produto.

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