Diretor-geral da OMS apela a favor do direito ao aborto por todas as mulheres

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu nesta quarta, 4, um apelo a favor do direito ao aborto, questionado nos Estados Unidos (EUA) por um plano de acórdão do Supremo Tribunal.

“Tentar proibir o acesso ao aborto não diminui a taxa de procedimentos. A restrição leva mulheres e jovens a recorrerem a procedimentos ilegais e perigosos”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus em mensagem no Twitter, sem mencionar diretamente os EUA.

Ele também acrescentou que um aborto seguro pode salvar vidas.

Tedros Adhanom defendeu que o público feminino deve ter o direito de escolha quando o assunto é seus corpos e sua saúde.

A Organização informou que os abortos inseguros geram aproximadamente 39 mil mortes por ano mundialmente e geram a internação de outros milhões de mulheres devido a complicações.

Grande parte desses óbitos ocorre em países economicamente inferiores e entre pessoas mais vulneráveis.

Em seu portal na internet, a agência da ONU também apontou que nos países com as restrições mais severas, somente um em cada quatro abortos é seguro, em relação a quase nove em dez em países onde o procedimento é amplamente legalizado.

A OMS publicou, em março, novas recomendações acerca dos cuidados com o aborto visando proteger a saúde de mulheres e dos jovens e ajudar a prevenir os mais de 25 milhões de cirurgias inseguras que acontecem atualmente, todos os anos, no mundo.

O jornal norte-americano Politico divulgou nesta segunda, 2, citando documentos não publicados, que o Supremo Tribunal dos EUA prepara-se para anular a decisão histórica de 1973, que tornou o aborto uma medida legal.

O processo Roe v. Wade, que há quase meio século sustentava que a Constituição dos EUA protegia o direito da mulher a fazer um aborto, era “completamente sem mérito desde o princípio”, segundo o documento citado pelo jornal.

Se essa mudança for validada pelo Supremo Tribunal, os Estados Unidos regressarão ao que havia antes de 1973, quando cada estado era livre para proibir ou autorizar a realização de abortos. É previsto que metade dos estados, especialmente no Sul e no Centro conservadores, suspendam rapidamente o procedimento.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.
FONTE: EBC

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