O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai dar uma pausa na vacinação contra a febre aftosa no Espírito Santo, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, no Tocantins e Distrito Federal em novembro deste ano, depois que a última etapa de vacinação for feita no mesmo mês.
Aproximadamente 113 milhões de bovinos e bubalinos não serão vacinados, referentes a quase 50% do rebanho total nacional. O pronunciamento foi realizado pelo ministro Marcos Montes durante a abertura da 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG) no último sábado, 30.
A suspensão integra o projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país. O objetivo é que o Brasil se torne totalmente livre da doença sem vacinação até 2026.
No primeiro momento, a movimentação de animais e de produtos entre os estados que terão a vacinação suspensa e os estados que ainda vacinam contra a aftosa não terão restrição. O ministério alega que isso ocorre diante do reconhecimento internacional das unidades da Federação como zonas livres da doença sem vacinação que não será enviado para a Organização Mundial da Saúde Animal em 2023.
Para que haja o reconhecimento, a entidade demanda a suspensão da vacina e a proibição do ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, um ano.
No Brasil os estados de Santa Catarina, do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, de Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso já são certificados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
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