Após o feriado, o mercado financeiro teve um dia conturbado. O dólar subiu 4% e teve a maior alta para um único dia desde o início da pandemia de coronavírus, em março de 2020. Já a bolsa de valores apresentou a maior queda diária desde novembro e registrou a pior semana em seis meses.
O dólar comercial fechou esta sexta, 22, comercializado a R$ 4,805, com alta de R$ 0,185 (+4%). O preço da moeda norte-americana só não foi maior, porque o Banco Central (BC) interveio no câmbio, vendendo US$ 571 milhões das reservas internacionais no fim da tarde.
O real esteve no topo do ranking de moedas globais desvalorizadas nesta sexta, 22. A divisa, que acumulava queda em abril, passou a indicar alta de 0,92% no mês. Em 2022, a moeda norte-americana junta baixa de 13,82%.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou com 111.078 pontos, com recuo de 2,86%. Em queda por cinco sessões seguidas, o indicador se encontra no pior patamar desde 15 de março. Na semana, a bolsa brasileira diminuiu 4,67% e teve a maior perda semanal desde a terceira semana de outubro.
O dia foi marcado por conflitos externos e internos. No mercado internacional, as indicações de que o Federal Reserve (Fed) será mais agressivo no aumento dos juros nos Estados Unidos elevou a procura por dólares em todos os países.
Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Durante a semana, um dos dirigentes regionais do Fed afirmou que concorda com o aumento de 0,75 ponto na próxima reunião do órgão em maio.
Enquanto no mercado interno, a instabilidade política após a concessão de indulto para o deputado federal Daniel Silveira e o pedido de vista coletivo do Tribunal de Contas da União (TCU) em relação à privatização da Eletrobras impulsionaram as negociações. As ações da companhia reduziram mais de 4% nesta sexta, 22.
* Com informações da Reuters
Seja o primeiro a comentar