Multicultural em sua natureza, o Espaço Cultural Renato Russo, que carrega o nome de um dos maiores poetas do rock nacional, vai homenagear a memória de três grandes artífices da arte brasiliense que morreram nos últimos dois anos: o poeta e ativista cultural TT Catalão (1949-2020), o fotógrafo Orlando Brito (1950-2022) e o teatrólogo Hugo Rodas (1939-2022).
Os três vão batizar, respectivamente, a Gibiteca, a Praça Central e o Teatro Galpão. Estes se juntam a outros artistas celebrados, como o pintor Rubem Valentim (1922-1991), que denomina uma das galerias; o multiartista Marco Antônio Guimarães, o cineteatro; o ator Robson Graia, o teatro de bolso; e Ethel de Oliveira Dornas, a biblioteca.
“É primordial que as futuras gerações entrem nesse território de todas as artes e vejam espelhadas as memórias desses três renomados artistas”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
O poeta, ativista e artista visual TT Catalão é o primeiro a ser homenageado. Nesta quinta, 21, ele batiza a Gibiteca, que retorna às suas atividades após nove anos. TT Catalão tem uma intimidade com o Espaço Cultural Renato Russo, onde foi gestor entre os anos de 1993 e 1997.
Na sequência, no mês de maio, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa fará uma cerimônia de duplo batismo. O Teatro Galpão se tornará Teatro Galpão Hugo Rodas, e a Praça Central, onde ocorrem frequentes exposições fotográficas, a Galeria Orlando Brito.
“Hugo está na base da consolidação deste lugar com peças antológicas, como Os Saltimbancos (1976) e Orlando, conjuga a fotografia jornalística com a arte, tornando-se um cronista do poder”, diz o secretário.
O Espaço é gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)e surgiu a partir de galpões da Novacap próximos às instalações da extinta Fundação Cultural, no quadrilátero da primeira unidade de vizinhança desenhada por Lúcio Costa.
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