A perspectiva de alta dos juros no Brasil impulsionou a queda do dólar e fez a moeda norte-americana fechar com o menor valor em duas semanas. A bolsa de valores não teve a mesma tranquilidade e caiu pela segunda sessão seguida, pressionada por ações de empresas exportadoras de commodities.
O dólar comercial começou esta semana vendido a R$ 4,648, com baixa de R$ 0,048 (-1,02%).
Essa foi a maior queda da moeda desde 4 de abril. Com o cenário desta segunda, 18, a moeda acumula baixa de 2,37% em abril. Em 2022, a divisa recua 16,64%.
O mercado de ações teve um dia mais conturbado. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 115.687 pontos, com baixa de 0,43%.
Num dia de feriado em diversos países da Europa, o baixo desempenho da economia chinesa no mês passado atingiu os papéis de empresas exportadoras de commodities. A imposição de lockdowns no país asiático para diminuir a contaminação por Covid-19 reforçou a perspectiva de que a China diminua a demanda por minérios e por produtos agrícolas.
Em comparativo com o dólar, o real registrou um dos melhores desempenhos do planeta nesta segunda, 18, devido à perspectiva de que o Banco Central brasileiro suba a taxa Selic (juros básicos da economia) acima do esperado. O fato foi reforçado após o IGP-10 da Fundação Getulio Vargas (FGV) crescer 2,48% em abril.
O balanço aponta que a prévia dos índices de inflação permanece alta, forçando a autoridade monetária a manter o aperto nos juros. Taxas mais altas em países emergentes, como o Brasil, auxiliam a controlar a perda de capitais para economias desenvolvidas, que também aumentam juros neste ano.
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