Os juros altos no Brasil frearam as tensões no mercado externo e fizeram o valor do dólar ficar em baixa pela terceira vez consecutiva. A bolsa de valores enfrentou um dia mais conturbado e voltou a fechar em baixa, impulsionada pelas bolsas norte-americanas perto do fim das negociações.
O dólar comercial encerrou esta terça, 12, vendido a R$ 4,677, com baixa de R$ 0,014 (-0,29%).
O dólar acumula baixa de 1,76%. Neste ano, a divisa teve queda de 16,12%.
Já no mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.147 pontos, com baixa de 0,69%. O indicador apresentou alta, mas recuou conforme à queda das bolsas estadunidenses após a divulgação de dados da inflação nos Estados Unidos.
O anúncio de que a inflação norte-americana em março continua no maior nível em 40 anos resultou em tensão nos mercados externos. Aumentaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve mais os juros do que o esperado. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
A instabilidade no mercado de ações não atingiu o dólar porque os juros básicos no Brasil estão no maior nível desde 2017. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central confirmou que planeja elevar a taxa Selic para 12,75% ao ano na próxima reunião, em maio. No entanto, na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a autoridade monetária pode expndir os aumentos caso a guerra na Ucrânia e outros choques externos perpetuem.
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