Ucrânia acusa Rússia pelas mortes de dezenas de milhares de pessoas em Mariupol

A Ucrânia afirmou nesta segunda, 11, que dezenas de milhares de pessoas certamente foram mortas no bombardeio russo à cidade de Mariupol, no sudeste do país, enquanto a ombudswoman de direitos do país acusou as forças russas na região de tortura e execuções.

A Reuters confirmou a destruição generalizada em Mariupol, mas não pôde assegurar os supostos crimes ou a quantidade de mortos na cidade estratégica, que fica entre a Crimeia, anexada à Rússia, e as áreas do leste da Ucrânia mantidas por separatistas apoiados pela Rússia.

Caso as acusações sejam confirmadas, esse representaria o maior número de mortos até agora registrado em um lugar na Ucrânia, onde cidades e vilarejos sofreram bombardeios implacáveis e corpos, incluindo de civis, foram vistos nas ruas.

O chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk, apoiada pela Rússia, Denis Pushilin, disse à agência de notícias russa RIA nesta segunda, 11, que mais de 5 mil pessoas podem ter morrido em Mariupol.

A taxa de pessoas que abandonaram a cidade caiu, devido ao atraso gerado pelas forças russas nas verificações antes da partida, disse Petro Andryushchenko, assessor do prefeito de Mariupol, nesta segunda no serviço de mensagens Telegram.

Citando dados do governo municipal de Mariupol, a ombudswoman de direitos humanos da Ucrânia, Lyudmyla Denisova, disse que 33.000 moradores de Mariupol foram deportados para a Rússia ou territórios comandados por separatistas apoiados por Moscou no leste da Ucrânia. A Rússia disse no domingo, 10, que tirou 723.000 ucranianos do seu país natal desde o início da guerra. A Rússia nega as acusações de ataques a civis.

FONTE: EBC

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