A Cruz Vermelha está voltando à Mariupol com meta de tentar novamente retirar civis, após o não cumprimento da Rússia no cessar-fogo prometido pelo país nesta quinta, 31. A abertura de um corredor humanitário foi prorrogada para esta sexta, 1, porém as autoridades ucranianas denunciam que a cidade continua fechada e “muito perigosa” para aqueles que tentam evacuar.
Veículos de ajuda humanitária da Cruz Vermelha ficaram presos na cidade de Zaporizhzhia por motivos de segurança.
Segundo a BBC, três veículos da Cruz Vermelha partiram de Zaporizhzhia para Mariupol com intuito de retirar civis, depois de terem recebido promessas de segurança por parte da Ucrânia e da Rússia.
A viagem a Mariupol foi considerada “desesperadamente crucial”, já que dezenas de milhares de pessoas continuam retidas na cidade que tem sido constantemente atacada pelos militares russos. As equipes da Cruz Vermelha não conseguiram autorização para levar ajuda humanitária a esses civis.
O assessor da administração de Mariupol, Petro Andryushchenko, afirmou que Moscou têm impedido a entrega de ajuda humanitária na cidade, deixando claro que a abertura do prometido corredor humanitário não foi seguida.
Ônibus retidos
Nessa quinta, 31, houveram informações positivas para os 170 mil moradores de Mariupol que continuam presos na cidade enfrentando a falta de energia e alimentos.
Kiev encaminhou 45 ônibus para a cidade portuária, com objetivo de auxiliar na retirada de civis, depois de o Ministério russo da Defesa ter anunciado, quarta, 30, “regime de silêncio”, ou seja, um cessar-fogo local, a partir das 10h de quinta.
Mas, as autoridades ucranianas dizem que os ônibus sequer entraram na cidade. A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que alguns veículos ficaram parados em um posto de controle russo e que 14 toneladas de ajuda humanitária, como bens alimentares e medicamentos, com destino a Melitpol, foram confiscadas.
Até o momento, não houve êxito nas diversas tentativas de organizar corredores humanitários, já que ambos os países seguem trocando acusações. Moscou nega as acusações de atacar civis.
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