As faculdades do Distrito Federal retornaram às atividades presenciais no dia 3 de março, impulsionadas pelo atual cenário da pandemia da Covid-19 apontado no Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Estas instituições adotaram o modelo remoto desde o início da pandemia da Covid-19 e, após dois anos da crise sanitária mundial, reabriram suas portas para milhares de estudantes.
Embora a vida do brasiliense esteja voltando ao normal pouco a pouco, o anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF), no último dia 10, sobre a desobrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados e, também, a não exigência do comprovante vacinal pelos centros de ensino superior geraram insegurança em estudantes e professores.
Rafael Carvalho, professor de Geografia, diz que a volta às aulas é um risco, mas que é necessária devido às perdas pedagógicas notadas nos últimos dois anos, principalmente, na rede pública de ensino. Além disso, o educador desaprova a medida adotada pelo GDF de suspender o uso de máscaras. “Acredito que a desobrigação [do uso de máscara] foi uma decisão precipitada, já que a densidade dentro de uma sala de aula é muito maior, o volume de alunos é enorme, por isso seria fundamental manter sua utilização”.
O veterano Guilherme Pires, estudante de Farmácia, está aliviado com a retomada das aulas presenciais e afirma que este modo é mais eficiente do que o EAD. “Tive experiência com as aulas presenciais antes do começo da pandemia, com o modo presencial consigo me concentrar melhor e também aprender mais. Não tem porquê ter mais aulas remotas, as pessoas estão se vacinando, o número de mortes diminuiu.” Segundo ele, as faculdades deveriam exigir o comprovante de imunização dos estudantes e não permitir a entrada dos não vacinados, pois “eles colocam a saúde dos outros em risco”.
O DF está perto de alcançar a marca de seis milhões de doses de vacina aplicadas, atingindo o patamar de controle pandêmico. Porém, quase 1 milhão de pessoas ainda não se imunizaram com alguma das vacinas disponíveis nas unidades de saúde, comprometendo a segurança pública. Uma pesquisa realizada pela SES-DF aponta que os não vacinados são veículos mais expressivos da disseminação do vírus, além de possuírem 33 vezes mais chances de morrerem por complicações da doença, em comparativo com a população vacinada.
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