O fundador do Telegram, Pavel Durov, discordou nesta sexta, 18, da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que decidiu suspender os serviços do aplicativo no Brasil.
Durov informou que vai nomear um representante legal para o Brasil e pediu que o STF reconsidere a decisão de proibição.
“Peço perdão à Suprema Corte brasileira pela nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”, disse.
Dorov afirmou que infortúnios com os endereços de e-mails corporativos impediram que a plataforma recebesse o comunicado acerca da medida do STF, que determinou o bloqueio de perfis investigados.
Bloqueio
Nesta sexta, 18, Moraes atendeu ao pedido da Polícia Federal (PF) e determinou o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada diante da investigação que está em andamento na Corte envolvendo o jornalista Allan dos Santos.
Mês passado, o ministro determinou que o Telegram bloqueasse os perfis acusados de disseminar desinformação, no entanto, o STF não conseguiu intimar a representação no Brasil da empresa responsável pelo aplicativo.
Além disso, no começo deste mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também tentou localizar os representantes da empresa, por meio do escritório de advocacia no Brasil.
A Polícia alega que o aplicativo é “visivelmente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países”.
Moraes disse que o aplicativo de mensagens não segue o cumprimento das decisões para banir os perfis solicitados, em uma atitude de “total omissão em fazer diminuir a publicação de notícias fraudulentas e a prática de infrações penais”.
Ministro da Justiça
No início da noite, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou que pediu a setores da pasta que elaborem uma maneira para restabelecer ao povo “o direito de usar a rede social”.
“Milhões de brasileiros sendo prejudicados repentinamente por uma decisão monocrática. “, declarou.
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