As forças russas na Ucrânia continuam atacando cidades e matando civis, porém não fazem mais progresso por terra, informaram países ocidentais nesta quinta, 17. O conflito entrou em sua quarta semana.
Autoridades locais disseram que grupos de resgate na cidade portuária sitiada de Mariupol, no Sul do país, vasculham escombros de um teatro onde mulheres e crianças estavam abrigadas, bombardeado por militares russos nesta quarta, 16.
A Rússia negou as acusações de ter atacado o teatro. Imagens comerciais de satélite mostraram a palavra “crianças” marcada no chão, antes da explosão.
Mariupol é a cidade que passa pela pior tragédia humanitária da guerra, com centenas de milhares de civis presos sem comida, água ou energia. Embora as forças russas tenham começado a liberar algumas pessoas em carros particulares nesta semana, as tropas não permitem que missões de ajuda cheguem à cidade.
Viacheslav Chaus, governador de uma região na cidade de Chernihiv, no Norte, que foi bastante bombardeada, disse que 53 civis foram mortos nas últimas 24 horas.
Na capital Kiev, um prédio no distrito de Darnytsky foi amplamente danificado. Autoridades afirmaram ser restos de um míssil disparado no início da manhã.
Os dois países iniciaram as negociações por um cessar-fogo nesta semana, porém houve progresso limitado e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ordenou a invasão em 24 de fevereiro, mostrou poucos sinais de ceder.
Dmitry Medvedev, vice-chefe do Conselho de Segurança de Putin, disse que os Estados Unidos incitaram uma russofobia “nojenta”, em tentativa de forçar a Rússia a se ajoelhar.
Os militares da Ucrânia, em grande número, impediram Moscou de capturar qualquer uma das maiores cidades do país até o momento.
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