A Rússia informou nesta segunda, 7, a liberação de novos “corredores humanitários” para que ucranianos pudessem ser transportados durante os ataques, porém as autoridades russas impuseram que eles poderiam ir apenas para a própria Rússia ou para sua aliada Bielorrússia. A conduta de Moscou foi definida como “imoral” por Kiev.
O anúncio acontece depois de dois dias de cessar-fogo sem êxito para permitir que civis fugissem da cidade de Mariupol, local onde centenas de milhares de pessoas estão presas sem comida e água, sob bombardeio implacável.
Os novos “corredores” começariam a funcionar às 10h, horário de Moscou (4h em Brasília), a partir da capital Kiev e das cidades de Kharkiv e Sumy, além de Mariupol, disse o Ministério da Defesa da Rússia.
Os mapas divulgados pela agência de notícias RIA mostram que o corredor de Kiev levaria até a Bielorrússia, enquanto os civis de Kharkiv só teriam como destino a própria Rússia. Além disso, o ministério também alegou que a Rússia criaria uma ponte aérea para levar os ucranianos de Kiev para o seu país.
Um porta-voz do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky definiu a ação russa como “completamente imoral” e disse que eles estão maquinando “usar a dor dos cidadãos desesperados para criar uma imagem de televisão”.
“Eles são ucranianos, deveriam ter o direito de ser retirados para o território da Ucrânia”, afirmou o porta-voz à Reuters.
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