Vladimir Putin, presidente da Rússia, fez um pedido nesta sexta, 25, aos militares ucranianos para que tomem o poder em Kiev, capital da Ucrânia, derrubando o presidente Volodymyr Zelensky e sua equipe, que ele chamou de “neo-nazistas” e “viciados em drogas”.
“Tomem o poder. Será mais fácil assim para que haja negociação entre mim e vocês.”, disse Putin ao exército ucraniano numa transmissão pela televisão russa.
Embora Zelensky tenha origem judaica, a Rússia denomina as autoridades ucranianas como “neo-nazis” desde 2014, quando começou a guerra no Leste da Ucrânia, entre separatistas pró-Rússia e forças de Kiev.
A Rússia acusa a Ucrânia de ter integrado nas suas forças armadas unidades próximas da extrema-direita e apontou a “desnazificação” da Ucrânia como foco da invasão.
A Ucrânia também fez comparações das atitudes russas com as da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O apelo de Putin nesta sexta foi realizado horas após de Zelensky o ter convocado para negociar, opção que o Kremlin não descartou de imediato, mas deixou sem resposta clara.
“Segundo as nossas informações, eu sou o alvo número um do inimigo. A minha família é o segundo. Eles planejam acabar com nosso país politicamente destruindo o chefe de Estado.”, afirmou Zelensky.
O ataque sem fundamento da Rússia foi reprovado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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