A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) validou nesta quinta, 24, o uso emergencial de novo remédio que promete aumentar a resistência contra o coronavírus em pessoas imunocomprometidas graves devido a outras cormobidades.
O medicamento Evusheld é fabricado pela AstraZeneca do Brasil e não substitui a imunização da população em geral. O seu uso é recomendado apenas para pessoas não infectadas pela Covid-19, cujas defesas imunológicas estejam comprometidas por outras doenças ou que não possam ser vacinadas contra o vírus.
Evusheld já é autorizado para ser utilizado em outros países, como os Estados Unidos. Profilático, o remédio é composto por dois anticorpos monoclonais IgG1, o cilgavimabe e o tixagevimabe, que serão injetados por via intramuscular, sucessivamente e, a princípio, uma única vez.
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, o farmacêutico Gustavo Mendes Lima Santos, confirmou que ensaios científicos mostraram que, ao menos nos testes in vitro, o cilgavimabe e o tixagevimabe foram capazes de neutralizar as diferentes variantes do Sars-Cov-2, incluindo a variante Ômicron.
A Agência Sanitária irá supervisionar por algum tempo eventuais reações advindas do uso do medicamento, principalmente entre adolescentes. E, se necessário, reavaliar sua eficácia frente a variações do vírus que possam surgir no futuro. Além disso, estudos clínicos devem ser mantidos para serem finalizados a fim de esclarecer “incertezas” restantes.
“Ainda enfrentando a pandemia, o uso de um novo produto no tratamento da Covid-19 pode proporcionar mais uma estratégia para a proteção da população, sendo uma ferramenta extra para amenizar os riscos individuais, reduzir surtos e controlar a disseminação do vírus.”, disse a diretora-presidente substituta da Anvisa, Meiruze Sousa Freitas.
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