A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou nesta sexta, 18, que está assustada com o elevado número de migrantes mortos e relatos de represálias na fronteira da União Europeia (UE), entre a Grécia e a Turquia.
Pelo menos 21 migrantes morreram entre a Turquia e a Grécia neste ano, e em comparativo com o mesmo período de 2021, a taxa de mortes dobrou.
No total do ano passado, acredita-se que tenham morrido 55 pessoas ao longo da mesma fronteira, principalmente durante agosto e os meses de inverno, segundo o Projeto Migrantes Desaparecidos, da OIM.
Equipes da OIM, de ambos os países, afirmaram que há cenários contínuos de migrantes forçados a regressar à fronteira que atravessaram, de expulsões coletivas e de uso de força excessiva ao longo dessa rota. Esses atos violam os compromissos e obrigações dos Estados sob o direito internacional e regional, como o princípio de não devolução de pessoas, avisa a organização.
A entidade implora aos Estados para que ajudem nas fronteiras em que existem movimentos irregulares de pessoas, além disso, solicita que defendam o Pacto Global para a Migração, que tem como objetivo assegurar a vida e dignidade dos migrantes.
Em 2021, o ano mais mortal para os migrantes na região, registrou aproximadamente 3,5 mil mortes de pessoas que tentaram entrar na UE por meio das fronteiras marítimas e terrestres.
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