O Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Movimento de Reintegração de Pessoas Afligidas pela Hanseníase (Morhan) assinaram o desenvolvimento da campanha “Não esqueça da Hanseníase”. O projeto visa promover a conscientização social acerca da doença e criar ações de prevenção e combate a sua disseminação.
A campanha é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio de seu embaixador da Boa Vontade, Yohei Sasakawa. No Brasil, ela é instituída pelo Morhan.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Ela afeta pele e nervos, causa diminuição da força muscular e produz manchas, sensações como formigamento, dormências e outras formas de perda de sensibilidade.
Conhecida vulgarmente como “lepra”, essa doença, por anos, foi fruto de preconceitos sociais. Desconstruir a ideia sobre esse termo pejorativo é um dos objetivos da campanha, além de desmistificar como acontece sua transmissão.
“Anualmente, mais de 30 mil novos casos são diagnosticados no Brasil, inclusive em crianças e pacientes que chegam com sequelas irreversíveis.”, disse o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto.
A campanha esclarecerá que essa doença tem tratamento e cura. Além disso, o seu tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
Cenário no Brasil
Durante a pandemia, o número de casos da doença diminuiu. Em 2020, a quantidade de diagnósticos foi de 17.979.
O boletim epidemiológico sobre a hanseníase no Brasil, publicado pelo ministério na semana passada, aponta que os quase 18 mil novos casos no Brasil em 2020 representam 93,6% dos novos diagnósticos registrados nas Américas. Brasil, Índia e Indonésia somam sozinhos 74% dos 127.396 novos casos em todo o mundo.
A região Centro-Oeste, Norte e Nordeste foram as mais afetadas pela doença nos últimos anos. Em 2020, os estados com os maiores índices foram Mato Grosso (71,4%), Tocantins (53,9%) e Maranhão (28%).
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