O modelo reformado de ensino médio começará a ser implementado oficialmente este ano nas escolas públicas e privadas do país. Vitor de Angelo, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), afirma que a mudança será instituída inicialmente no primeiro ano do ensino médio. Uma das alterações na nova forma de ensino é a ampliação da carga horária para pelo menos cinco horas diárias.
Vitor Angelo acredita que a reforma também trará desafios como um possível aumento de disparidades socioeducacionais entre regiões, estados e redes de ensino e a necessidade da adequação de avaliações, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O novo ensino médio foi sancionado por lei em 2017, visando transformar a etapa em mais atrativa e evitar que os estudantes não concluam sua formação acadêmica. O novo modelo fará com que parte das aulas seja comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Já a outra parte da formação, contará com a escolha individual de cada aluno sobre qual itinerário deseja aprofundar o conhecimento. O estudante poderá optar por dar ênfase, por exemplo, às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A oferta de matérias dependerá da capacidade das redes de ensino e das escolas.
O Ministério da Educação estima que o novo ensino médio comece a entrar em vigor em 2022, de forma progressiva, pelo primeiro ano do ensino médio. Em 2023, o processo continuará, com o primeiro e segundo ano e, em 2024, a reforma será definitivamente concluída, com os três anos do ensino médio.
Seguindo a lei, as escolas deverão aumentar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, equivalente a 7 horas diárias. Em 2022, a carga horária deve ser de pelo menos mil horas anuais, ou cinco horas diárias, em todas os centros educacionais do Brasil. Esta será, portanto, a primeira mudança a ser sentida.
Aqueles que estão no primeiro ano do ensino médio já conhecerão um pouco o novo currículo. Porém, os itinerários serão implementados apenas no ano que vem na maior parte das escolas.
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