Binge drinking, em inglês, ou Beber Pesado Episódico (BPE), termo em português, também é conhecido no Brasil como consumo abusivo de álcool. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), trata-se do consumo de 60 gramas ou mais de álcool puro, cerca de quatro doses ou mais, em pelo menos uma única ocasião no mês.
Esse tipo de consumo alcoólico é bastante comum entre os brasileiros, principalmente entre a população mais jovem, embora esteja crescendo entre mulheres a partir dos 55 anos de idade.
Uma dose padrão de álcool é referente a 14g de álcool puro, o que corresponde a 350 mL (uma lata) de cerveja, 150 mL (uma taça) de vinho ou 45 mL (shot) de destilado.
Em happy hours e outros eventos sociais o Binge drinking é usual. Inclusive em termos de saúde, não adianta ficar sem beber durante a semana e “tomar todas” nos finais de semana.
No Brasil, segundo um balanço realizado pelo Ministério da Saúde (Vigitel 2020), 20,9% da população bebe no padrão abusivo. Entre os homens, 26,6% relataram esse tipo de consumo e, entre as mulheres, 16%. As porcentagens superam as registradas nas edições passadas, e para ambos os sexos, a frequência desse comportamento diminuiu a partir dos 25 anos e aumentou com o nível de escolaridade.
Os problemas relacionados ao álcool tendem a surgir mais rapidamente e são progressivamente mais acentuados nas mulheres, com níveis de consumo mais baixos e em idade mais precoce.
Beber grande quantidade de álcool em uma única ocasião gera risco de prejuízos imediatos, como amnésia alcoólica, quedas, envolvimento em brigas, acidentes de trânsito, sexo desprotegido e intoxicação alcoólica. Se frequente, o BPE pode ainda aumentar o impacto negativo do álcool em diversos órgãos e sistemas, especialmente no trato gastrointestinal, fígado, pâncreas, sistema nervoso e sistema cardiovascular.
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