O Brasil registrou uma queda de 26,8% nos casos de malária entre janeiro e março de 2025, com 25.473 notificações contra 34.807 no mesmo período do ano passado. Também houve redução de 27% nas mortes pela doença, passando de 63 para 43 óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos casos (99%) segue concentrada na região amazônica, e as quedas foram observadas em áreas de maior vulnerabilidade social, como garimpos e assentamentos.
Durante evento no Rio de Janeiro pelo Dia Mundial da Malária, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o uso ampliado da tafenoquina, medicamento de dose única indicado para o tratamento da malária causada pelo Plasmodium vivax, responsável por mais de 80% dos casos em 2024. O remédio já é utilizado em 49 municípios de seis estados da Amazônia Legal e em nove Distritos Sanitários Indígenas. A expectativa é que ele chegue à região extra-amazônica em maio e a áreas do Mato Grosso em junho.
O governo também trabalha na incorporação da versão pediátrica da tafenoquina ao SUS e na criação de um sistema de vigilância específico para os casos fora da Amazônia, onde a letalidade é mais alta. “É preciso criar alertas e ações direcionadas para esses territórios”, afirmou o ministro. Até 2026, a meta da pasta é ampliar o acesso ao tratamento em todo o país.
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