
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como incoerente a decisão dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais aos produtos brasileiros. Segundo ele, não faz sentido um país com superávit comercial em relação ao Brasil adotar essa medida. As tarifas, que variam de 10% para a América Latina a 30% para países da Ásia, foram anunciadas pelo governo Donald Trump no início do mês. Haddad defendeu a atuação da diplomacia brasileira e mencionou a possibilidade de aplicar a Lei da Reciprocidade, aprovada por unanimidade no Congresso.
Durante entrevista à imprensa após participar do programa Sem Censura, da TV Brasil, o ministro também comentou a reforma do Imposto de Renda e voltou a destacar a importância de discutir a desigualdade tributária no país. Haddad defendeu ainda a prudência no uso do Crédito do Trabalhador, lançado no mês passado para oferecer juros mais baixos no crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada. Ele lembrou que o consignado é apenas uma das ferramentas disponíveis e que nem sempre resolve todas as situações financeiras.
Haddad afirmou que a ampliação do crédito depende também de ações do Congresso Nacional. Segundo ele, há um projeto parado no Senado que pode beneficiar trabalhadores informais e empreendedores. “Ela [a proposta] abre novas possibilidades de crédito para quem não é celetista. Mas eu preciso do Congresso, preciso da lei dando amparo ao que estou imaginando”, afirmou o ministro.
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