
Um ataque aéreo israelense atingiu nesta terça, 15, a entrada do hospital de campanha do Kuwait, localizado na zona de Muwasi, na Faixa de Gaza, ferindo três médicos e sete pacientes — dois deles em estado grave, segundo informou o porta-voz do hospital, Saber Mohammed. A instalação médica está situada em uma área que abriga centenas de milhares de deslocados em campos de tendas. O Exército israelense não se pronunciou sobre o ocorrido até o momento, conforme reportado pela agência Associated Press.
O ataque ocorre em meio a uma série de ofensivas israelenses contra hospitais no território, sob a justificativa de que o Hamas utiliza essas estruturas para fins militares, acusação negada por profissionais de saúde locais, que denunciam a destruição sistemática do sistema de saúde e o risco à vida de civis. No último domingo, 13, o Hospital Al-Ahli, último grande centro de cuidados intensivos no norte de Gaza, foi gravemente danificado por um bombardeio israelense. A Diocese Episcopal de Jerusalém, que administra o hospital, condenou o ataque, enquanto Israel alegou, sem apresentar provas, que havia um centro de comando do Hamas nas instalações.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou “profunda preocupação” com os bombardeios e alertou que o sistema de saúde de Gaza está à beira do colapso. Ele destacou que o ataque ao Hospital Al-Ahli “paralisou o complexo” e criticou a escalada da crise humanitária, ressaltando que cerca de 70% da Faixa de Gaza está sob ordens de evacuação ou em zonas proibidas, deixando a população civil sem refúgio seguro e enfrentando escassez severa de alimentos, água e abrigo.
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