
Nesta quinta, 26, o mundo celebrou o Dia Roxo (Purple Day), uma data dedicada à conscientização sobre a epilepsia e ao combate ao preconceito em torno da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, estima-se que 2% da população tenha epilepsia. Em Brasília, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) oferece atendimento especializado para esses pacientes, por meio de quatro ambulatórios, acessíveis via regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF), conforme explica o neurologista Maciel Pontes.
Apesar de comum, a epilepsia ainda é cercada por desinformação e estigma, dificultando o diagnóstico e o tratamento. Entre os mitos mais difundidos, está a crença de que a doença seja contagiosa – o que não é verdade. Outro equívoco frequente é a recomendação de segurar a língua do paciente durante uma crise, quando o correto é deitá-lo de lado e protegê-lo de lesões. Além disso, muitos acreditam que a epilepsia seja uma doença mental, quando, na realidade, trata-se de um transtorno neurológico. “A conscientização é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, destaca Maciel.
O HBDF segue os protocolos da SES-DF para emergências epilépticas, incluindo casos graves como o Estado de Mal Epiléptico, em que as crises se prolongam ou se repetem sem recuperação da consciência. O hospital oferece exames como eletroencefalograma (EEG) de rotina e tratamento com medicações anticrise, algumas disponibilizadas pela Farmácia de Alto Custo do GDF. Diante de uma crise epiléptica, especialistas recomendam não conter os movimentos da pessoa nem colocar objetos na boca, priorizando apenas sua segurança até que a crise passe.
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