
O grupo palestino Hamas convocou protestos para os dias 28, 29 e 30 de março em solidariedade ao povo palestino e contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia. Em comunicado divulgado nesta terça, 25, o grupo também pediu condenação ao apoio militar dos Estados Unidos a Israel, classificando a guerra como um “genocídio contra nosso povo”. O apelo ocorre em meio à retomada dos ataques israelenses em Gaza, iniciados em 18 de março, que já deixaram ao menos 800 mortos, segundo o Ministério da Saúde local.
A escalada da violência inclui o assassinato dos jornalistas Hossam Shabat, da Al Jazeera, e Mohammad Mansour, da Palestine Today, além da agressão e prisão do cineasta palestino Hamdan Ballal, vencedor do Oscar 2025 de Melhor Documentário. O Hamas acusa o governo israelense de romper as negociações para retomar a guerra e pressiona nações árabes e islâmicas a tomarem medidas contra os ataques. Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, responsabiliza o grupo pelo impasse nas negociações para a libertação de reféns capturados em outubro de 2023.
O conflito atual teve início com o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, que deixou cerca de 1,2 mil mortos e resultou no sequestro de 250 reféns. Desde então, Israel tem promovido bombardeios em larga escala na Faixa de Gaza e operações militares na Cisjordânia, resultando em mais de 50 mil mortes palestinas, incluindo cerca de 18 mil crianças. A ocupação dos territórios palestinos por Israel é considerada ilegal pelo direito internacional, mas continua sendo um dos principais pontos de tensão na região.
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