
A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou preocupação com o aumento da violência no Noroeste da Síria e pediu o fim imediato dos ataques que vitimam civis. Segundo o Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, há relatos alarmantes de famílias inteiras mortas na região, em meio a confrontos entre forças de segurança e simpatizantes do ex-presidente Bashar al-Assad. O conflito se intensificou após um ataque de apoiadores de Assad contra forças do governo na cidade de Jablé, próximo a Latakia, reduto da comunidade alauíta.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), desde a última quinta, 6, pelo menos 745 civis alauítas foram mortos, além de 273 membros das forças de segurança e combatentes pró-Assad. As autoridades sírias não divulgaram números oficiais de vítimas, mas reforços foram enviados para as províncias de Latakia e Tartous, onde operações militares foram lançadas para conter os ataques e capturar simpatizantes do antigo governo. Organizações internacionais denunciam “execuções sectárias” e cobram investigações sobre os assassinatos.
Diante do agravamento da crise, Ahmad al-Chareh, líder sírio e chefe da coalizão rebelde que derrubou Assad, apelou à unidade nacional e à paz civil no país. Em comunicado, a ONU reforçou a necessidade de investigações rápidas e imparciais, garantindo que os responsáveis pelos crimes sejam levados à justiça conforme as normas do direito internacional.
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