Israel amplia ofensiva militar na Cisjordânia e expulsa milhares de palestinos

O exército israelense realizou, nesse último domingo, 23, uma operação militar de grande escala em campos de refugiados palestinos no Norte da Cisjordânia ocupada. A ação já forçou a saída de cerca de 40 mil palestinos de Jenin, Tul Karem e Nur al-Shams, tornando-se a maior incursão militar na região desde a segunda Intifada, em 2005. O governo de Tel Aviv afirmou que manterá o controle das áreas pelos próximos 12 meses para impedir o retorno dos moradores, alegando que as operações visam combater o terrorismo.

Em resposta, o ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina classificou a ofensiva como parte do “genocídio do povo palestino e da anexação de seus territórios”. Em nota, o órgão denunciou o envio de tanques e a intimidação de civis indefesos como uma tentativa de consolidar o deslocamento forçado dos palestinos. A Autoridade Palestina também apelou à comunidade internacional para intervir diante da escalada de violência na região.

Para o cientista político e jornalista Bruno Lima Rocha, a estratégia de Israel está diretamente ligada ao conflito na Faixa de Gaza. “Ao estabelecer o cessar-fogo em Gaza, o estado sionista aperta as condições na Cisjordânia para transferir a frente de guerra interna para lá”, afirmou. Rocha avalia que o governo de Benjamin Netanyahu precisa manter o estado de guerra para garantir sua continuidade no poder e evitar um possível julgamento.

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