
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente ter conhecimento e concordado com um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A denúncia, apresentada na noite da última terça, 18, aponta que a conspiração, denominada “Punhal Verde Amarelo”, envolvia o uso de armas bélicas e envenenamento para atingir os alvos. Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Segundo a PGR, o plano foi articulado dentro do Palácio do Planalto e teria começado sua fase mais violenta em novembro de 2022, com monitoramento das autoridades a serem “neutralizadas”. O documento foi impresso pelo general Mário Fernandes e levado ao Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro teria tomado conhecimento do conteúdo. Diálogos interceptados pela Polícia Federal indicam que o ex-presidente acompanhava a evolução da operação e discutia possíveis datas para sua execução. No dia 15 de dezembro de 2022, os responsáveis pelo plano não deram seguimento à ação por não conseguirem apoio do Comando do Exército.
A PGR também mencionou a existência de outros documentos e estratégias, incluindo um plano alternativo que trazia a frase “Lula não sobe a rampa”. As investigações indicam que o objetivo do grupo era evitar a posse do presidente eleito e promover uma ruptura institucional. A denúncia agora será analisada pelo STF, que decidirá sobre o prosseguimento do caso.
Seja o primeiro a comentar