
Cada vez mais homens buscam uma barba mais preenchida e bem definida, seja por estética ou para corrigir falhas. O avanço das técnicas cirúrgicas trouxe resultados mais naturais, e a influência das redes sociais e de celebridades ajudou a tornar o procedimento mais conhecido.
Segundo o Dr. José Roberto Fraga Neto, médico dermatologista responsável pelo setor de cabelo do Instituto Fraga de Dermatologia, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC), o procedimento é semelhante ao transplante capilar. “Retiramos fios da parte de trás da cabeça e os implantamos na barba, fio a fio, respeitando o crescimento natural dos pelos. A técnica mais moderna utilizada é a FUE (Follicular Unit Extraction), que evita cicatrizes visíveis e garante um resultado natural. É importante lembrar que esse é um procedimento médico e deve ser realizado por um dermatologista ou cirurgião plástico especializado”, diz.
Os fios são retirados da nuca ou das laterais da cabeça, pois possuem características semelhantes aos pelos da barba. Eles são implantados com precisão para seguir a direção, o ângulo e a densidade natural da barba, garantindo um visual harmônico.
“O transplante é realizado com anestesia local, então o paciente não sente dor durante o procedimento. No pós-operatório, pode haver leve inchaço e a formação de pequenas casquinhas, que caem naturalmente em aproximadamente 10 dias. O desconforto é mínimo e pode ser controlado com analgésicos leves, se necessário”, explica o médico.
Nos primeiros dias, os fios transplantados permanecem na pele, mas por volta da terceira ou quarta semana ocorre uma queda temporária, que é um processo natural. O crescimento definitivo começa por volta do terceiro mês, e o resultado final pode ser observado entre 10 e 12 meses após o procedimento.
“Nos primeiros dias, é fundamental evitar tocar na área, coçar ou arrancar as casquinhas para não comprometer a fixação dos fios. Também é recomendado dormir com a cabeça levemente elevada para reduzir o inchaço e evitar exercícios físicos intensos nas primeiras semanas. A higienização da área deve ser feita conforme a orientação médica, e a exposição ao sol deve ser evitada nos primeiros meses”, alerta o médico.
O procedimento não é indicado para quem tem algumas doenças dermatológicas em atividade na região da barba, problemas de cicatrização ou algumas condições de alopecias específicas. Pacientes fumantes e diabéticos sem tratamento podem ter resultados insatisfatórios, por isso precisam de uma avaliação criteriosa antes da cirurgia.
“O transplante é uma ótima opção para quem tem falhas na barba por fatores genéticos, cicatrizes ou outras causas. Ele permite preencher essas áreas e garantir um resultado uniforme e natural. No entanto, é essencial passar por uma consulta com um dermatologista para avaliar a causa da falha e determinar se o transplante é indicado ou não”, finaliza Dr. José Roberto Fraga Neto.
Seja o primeiro a comentar