
O grupo militante palestino Hamas afirmou nesta quinta, 13, que pretende manter o acordo de cessar-fogo em Gaza, apesar de divergências sobre a libertação de reféns e a entrega de suprimentos humanitários. O acordo, mediado por Egito, Catar e Estados Unidos, enfrenta risco de colapso após acusações de violações por ambas as partes. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente norte-americano, Donald Trump, alertaram que as operações militares poderiam ser retomadas caso os reféns não fossem libertados conforme o previsto.
O Hamas, cujo líder em Gaza, Khalil Al-Hayya, está no Cairo para negociações, afirmou estar comprometido com o acordo e acusou Israel de não cumprir a promessa de aumentar o envio de ajuda humanitária ao território. Como resposta, o grupo condicionou a libertação de três reféns à resolução desse impasse. O governo israelense, por sua vez, ordenou a convocação de reservistas e ameaçou retomar as ofensivas militares. O ministro Avi Dichter declarou que o Hamas não poderá recuar dos termos previamente estabelecidos.
Autoridades egípcias e cataris seguem atuando para evitar o colapso do cessar-fogo. Negociações no Cairo incluem questões como a entrada de suprimentos médicos, barracas, combustível e equipamentos para remoção de escombros em Gaza. Fontes de segurança indicaram que, caso maquinários pesados sejam permitidos no território, o Hamas poderá cumprir a libertação dos reféns neste próximo sábado, 15. O conflito já devastou Gaza e elevou as tensões no Oriente Médio, aumentando os temores de uma guerra regional.
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