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O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, anunciou nesta segunda, 10, sua renúncia ao cargo, em meio a pressões e protestos após o cancelamento do primeiro turno das eleições presidenciais de novembro passado. A decisão foi comunicada em um discurso em Bucareste, no qual afirmou que deixará o posto na quarta, 12, para evitar uma crise política mais profunda. O pleito de novembro havia resultado em uma vitória inesperada do candidato de extrema-direita Calin Georgescu, mas foi anulado devido a suspeitas de interferência russa.
Desde então, a permanência de Iohannis no poder gerou manifestações e tentativas da oposição de destituí-lo. O Parlamento romeno deve se reunir ainda nesta semana para discutir o caso, enquanto as novas eleições foram remarcadas para maio. O presidente do Senado e líder do Partido Liberal, Ilie Bolojan, deve assumir o cargo interinamente até a escolha do sucessor. Iohannis, que governava o país desde 2014, negou ter violado a Constituição e lamentou a crise institucional.
O partido de extrema-direita AUR comemorou a renúncia, classificando-a como uma vitória dos manifestantes. Enquanto isso, Calin Georgescu ainda não se pronunciou sobre o anúncio. As autoridades romenas investigam denúncias de que sua campanha teria sido impulsionada de forma ilícita na plataforma TikTok, e a Comissão Europeia abriu um inquérito sobre o caso.
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