O ano de 2024 registrou, até agora, uma média global de 41 dias extras de calor perigoso, segundo um relatório divulgado nesta sexta, 27, pela World Weather Attribution (WWA) e pela Climate Central. O estudo analisou 29 eventos meteorológicos extremos, dos quais 26 foram intensificados pelas mudanças climáticas. Esses fenômenos causaram a morte de pelo menos 3.700 pessoas e o deslocamento de milhões em todo o mundo.
Os cientistas destacaram que o aumento de dias com temperaturas elevadas está diretamente relacionado ao aquecimento global. “Em muitos países, os moradores estão expostos a semanas adicionais de calor, atingindo limites de risco que seriam praticamente impossíveis sem a influência das mudanças climáticas”, afirmou Joseph Giguere, da Climate Central. A pesquisa aponta para a necessidade de uma transição mais rápida para energias renováveis e de maior preparo para condições climáticas extremas, especialmente nos países em desenvolvimento.
Friederike Otto, líder da WWA, reforçou que as soluções já estão disponíveis, mas precisam ser implementadas com urgência. “A sociedade tem o conhecimento e a tecnologia para se afastar dos combustíveis fósseis e adotar energias renováveis, além de reduzir o desmatamento. Até 2025, todos os países devem intensificar esforços para lidar com os impactos das mudanças climáticas”, alertou. Entre as recomendações estão relatórios em tempo real sobre mortes relacionadas ao calor e mais financiamento internacional para ajudar na adaptação de regiões vulneráveis.
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