ONU denuncia massacre de mais de 200 pessoas por gangue no Haiti

Um relatório da ONU divulgado nessa última segunda, 23, revelou que pelo menos 207 pessoas foram mortas em menos de uma semana no bairro de Cite Soleil, no Haiti, por membros da gangue Wharf Jeremie. Entre as vítimas, 134 eram homens e 73 mulheres, a maioria idosos acusados de bruxaria. Os ataques foram ordenados pelo líder da gangue, Monel “Mikano” Felix, após ele culpar moradores locais pela doença de seu filho, associando-a a práticas de vodu. Muitas das vítimas foram sequestradas durante cerimônias religiosas, de acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

O massacre agrava a crise humanitária e de segurança no Haiti, onde a violência entre gangues tem crescido de forma alarmante. A gangue de Mikano, que controla uma área estratégica próxima a portos e rodovias na capital, domina a região há 15 anos. Segundo a ONU, mais de 5,3 mil pessoas foram mortas no Haiti desde janeiro, enquanto 700 mil foram deslocadas internamente devido aos conflitos. A tragédia ocorre em meio à escassez de alimentos no país e à demora na chegada de apoio internacional prometido para reforçar a segurança.

Os assassinatos chocaram a comunidade internacional e expõem a gravidade da crise no Haiti, que enfrenta instabilidade política e econômica há anos. A ONU alertou que, sem intervenção eficaz, a situação no país pode se deteriorar ainda mais.

SUA CONTABILIDADE EM ORDEM?

PUBLICIDADE

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*