Agricultores protestam contra acordo Mercosul-UE em Madri

Milhares de agricultores espanhóis protestaram nesta segunda, 16, em Madri, contra o acordo de comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, selado no início do mês. Segundo a polícia, 1.500 pessoas participaram da manifestação, enquanto as associações do setor estimaram mais de 5 mil presentes. Organizações como Coag e Asaja criticaram o impacto das importações de produtos agrícolas de países do Mercosul, Chile, Marrocos e Nova Zelândia, afirmando que estas competem de forma desleal com as produções europeias por não seguirem as rígidas regras comunitárias.

Os manifestantes também expressaram insatisfação com o governo espanhol, especialmente com o ministro da Agricultura, Luis Planas, que havia firmado um acordo com 43 medidas em resposta a protestos anteriores. “O acordo com o Mercosul é uma traição à agricultura espanhola”, declarou Pedro Barato, presidente da Asaja. Frases como “Stop Mercosul” e “A agricultura não se vende, a agricultura se defende” foram vistas em cartazes, enquanto dirigentes prometiam intensificar os protestos e levar as queixas à Comissão Europeia, caso as demandas não sejam atendidas.

A Espanha, maior exportadora de frutas e legumes da UE, enfrenta desafios diante das importações baratas de fora do bloco e das exigências regulatórias locais. Os agricultores pedem que os acordos incluam as chamadas “cláusulas espelho”, que garantam que os produtos importados sigam as mesmas regras de produção aplicadas dentro da UE. Para eles, a ausência dessas garantias ameaça a soberania alimentar europeia e a sobrevivência de pequenas propriedades agrícolas.

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