Ciclone em ilha francesa deixa centenas de mortos e causa destruição no Oceano Índico

Equipes de resgate continuam buscando sobreviventes em Mayotte, território francês no Oceano Índico, após o devastador ciclone Chido atingir a região no último fim de semana. O fenômeno, com ventos que superaram os 225 km/h, destruiu comunidades inteiras, principalmente áreas habitadas por famílias em situação de vulnerabilidade. Autoridades locais estimam que o número de mortos pode ultrapassar mil, embora a contabilização exata seja dificultada pela tradição muçulmana local, que prevê enterros em até 24 horas.

O ciclone, o mais forte a atingir Mayotte em mais de 90 anos, também causou danos severos à infraestrutura da ilha, onde três quartos da população vivem abaixo do limiar de pobreza. Hospitais e centros médicos foram severamente comprometidos, incluindo o principal hospital local, que sofreu inundações e danos em áreas críticas como maternidade e emergência. “Apesar da precariedade, os serviços de saúde seguem funcionando”, afirmou a ministra francesa da Saúde, Geneviève Darrieussecq.

A França mobilizou reforços, enviando 160 soldados e bombeiros, além de equipamentos de emergência. Pontes aéreas foram estabelecidas para o transporte de suprimentos e assistência entre Mayotte e a Ilha da Reunião, outro território francês. Imagens locais revelam cenários de destruição, com casas destruídas, árvores tombadas e comunidades inteiras em escombros. O ministro da Segurança Interna, Nicolas Daragon, assegurou que o governo está empenhado em prestar suporte à população.

Além de Mayotte, o ciclone também atingiu as ilhas vizinhas de Comores, Madagascar e o norte de Moçambique, onde já foram contabilizadas três mortes. Em Moçambique, os ventos e chuvas torrenciais deslocaram mais de 2.800 pessoas, danificaram edifícios e cortaram o fornecimento de energia em várias áreas. A devastação deixada pelo ciclone Chido expõe a vulnerabilidade das comunidades da região, marcada por desigualdades sociais e escassez de recursos.

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