Coreia do Sul proíbe presidente de viajar enquanto é investigado por lei marcial

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi proibido de deixar o país enquanto é investigado por impor a lei marcial em 3 de dezembro, medida que gerou uma crise política sem precedentes. O Ministério da Justiça confirmou a proibição nesta segunda, 9, a pedido do Gabinete de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Nível (CIO). Além do presidente, o ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, acusado de recomendar a imposição da lei, foi preso no último domingo, 8.

A oposição acusa Yoon de traição, abuso de poder e de conduzir um “golpe inconstitucional”. O Partido Democrático (PD) já apresentou queixas contra o presidente e aliados. Apesar de Yoon ter imunidade em certos casos, as denúncias de rebelião e traição não estão protegidas. No último sábado, 7, Yoon escapou de uma moção de destituição no Parlamento devido ao boicote do Partido Popular do Povo (PPP), no poder, que justificou a ação como forma de garantir sua retirada voluntária e não interferência nos assuntos do governo.

Especialistas criticaram o acordo entre o PPP e Yoon, apontando que ele fere a Constituição. Para o professor Kim Hae-won, o compromisso se assemelha a um “golpe de Estado silencioso”. O presidente do Parlamento, Won Woo-shik, reforçou que a divisão do poder entre Yoon, o primeiro-ministro e o PPP é irregular. Enquanto isso, a oposição planeja uma nova tentativa de destituí-lo no dia 14 de dezembro, intensificando o clima de instabilidade política no país.

PUBLICIDADE

SUA CONTABILIDADE EM ORDEM?

PUBLICIDADE

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*