Milhares de fãs do gigante do futebol Diego Maradona o homenagearão no aniversário de um ano de sua morte, em meio a disputas legais sobre como o astro morreu e acusações a respeito de relacionamentos passados que ameaçam manchar seu legado.
O campeão mundial argentino, conhecido como “Pelusa” por sua cabeleira outrora esvoaçante e “D10S” – uma brincadeira com a palavra para “Deus” em espanhol e sua famosa camisa 10 – morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, devido a uma parada cardíaca.
Nascido em um bairro pobre nos subúrbios de Buenos Aires, Maradona se tornou um ícone para muitas pessoas na Argentina e em todo o mundo. Ele foi considerado um herói em Nápoles, na Itália, onde ajudou a levar um time azarão à glória nacional e europeia.
O jogador foi imortalizado em murais e estátuas, assim como em tatuagens. Crianças – meninos e meninas – foram batizadas com seu nome em sua homenagem.
“Diego nos fez sentir tantas coisas”, disse Ezequiel Rossi, professor de 34 anos na Argentina, à Reuters nesta semana. “Foi maravilhoso ver esse garoto que começou do nada e de repente tinha tudo. Ele nos fez sonhar e imaginar que também poderíamos fazer grandes coisas.”
A vida pessoal de Maradona foi polêmica, marcada por excessos com drogas e álcool, vários filhos e amizades com líderes políticos autoritários, incluindo Hugo Chávez na Venezuela e Fidel Castro em Cuba.
Nesta semana, uma cubana que teve um caso com Maradona duas décadas atrás, quando ela tinha 16 anos e ele cerca de 40, acusou o astro de “roubar sua infância” e de estuprá-la em uma ocasião.
“Não posso justificar o que ele fez em muitas áreas de sua vida”, disse Alejandro Sterli, um instrutor de tiro de 61 anos. “É por isso que tento separar o jogador do ser humano.”
O Napoli, clube o qual ele levou à vitória do Campeonato Italiano em 1987 e 1990, disputará três jogos em novembro vestindo camisetas com imagens em preto e branco de um Maradona jovem. Dois de seus outros clubes, Barcelona e Boca Juniors, competirão em uma “Copa Maradona”.
FONTE: REUTERS/ EBC
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