O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou nesta quinta, 21, a emissão de mandados de captura para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif. Segundo o TPI, há “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, enquanto Deif é acusado por atos relacionados aos ataques do Hamas a Israel em outubro de 2023.
Os mandados foram emitidos no contexto das investigações do TPI sobre os ataques do Hamas e a resposta militar israelense em Gaza. Entre as acusações contra Netanyahu estão o uso da fome como arma de guerra e assassinatos de civis. Israel, que não reconhece a jurisdição do TPI, nega qualquer prática de crimes de guerra. A decisão gerou reações de líderes israelenses, incluindo o ex-primeiro-ministro Naftali Bennett, que classificou o ato como “uma vergonha”, e o opositor Yair Lapid, que acusou o tribunal de “recompensar o terrorismo”.
O procurador do TPI, Karim Khan, destacou que os mandados refletem a gravidade das alegações em meio ao prolongado conflito entre Israel e Gaza. Apesar das acusações, o cumprimento dos mandados enfrenta desafios, dado que Israel não coopera com o tribunal sediado em Haia. A decisão ressalta as tensões em uma região marcada por décadas de conflito.
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