Uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça, 19, revelou um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou que a ação dos criminosos “só não ocorreu por detalhe” e destacou a gravidade das descobertas. Entre os investigados, estão militares da ativa e da reserva, além de um policial federal, todos com envolvimento em tentativas de golpe de Estado.
O plano previa ataques antes da posse presidencial e incluía ações como a tentativa de explosão de um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília. Pimenta ressaltou que os mesmos grupos que financiaram acampamentos em frente a quartéis estavam envolvidos nesses episódios. Entre os presos estão o general da reserva Mário Fernandes, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
A investigação também aponta que os responsáveis buscavam impedir a diplomação de Lula e Alckmin, além de planejar o sequestro e assassinato de Moraes. O ministro destacou que há provas concretas sobre a participação de membros ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e defendeu punições rigorosas para os envolvidos. “Crime contra a democracia não pode ser tolerado. Não podemos falar em anistia ou impunidade”, afirmou.
O Exército confirmou a prisão de quatro militares e negou o envolvimento deles na segurança da Cúpula do G20, evento em andamento no Rio de Janeiro. Segundo a instituição, os investigados estavam afastados ou em atividades pessoais no momento da operação. A PF segue apurando o caso, que traz à tona novos elementos sobre as tentativas de golpe no país.
Seja o primeiro a comentar