O mercado financeiro ajustou nesta segunda, 18, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil. A estimativa para 2023 subiu de 4,62% para 4,64%, enquanto a projeção para 2024 foi mantida acima do teto da meta de inflação, em 4,12%. Para os anos seguintes, as expectativas são de 3,7% em 2026 e 3,5% em 2027, segundo o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central.
A política monetária segue ajustada para enfrentar as pressões inflacionárias. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 11,25% ao ano, após ciclos de cortes e elevações recentes. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve revisar a taxa em dezembro, com o mercado projetando uma alta para 11,75% em 2024. A manutenção da Selic em níveis elevados visa conter a inflação, mas também pode impactar o crescimento econômico, já que encarece o crédito e reduz o consumo.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro surpreendeu positivamente este ano, com alta acumulada de 3,1% até o segundo trimestre. Para 2025, a previsão de crescimento é mais modesta, de 1,94%, estabilizando-se em 2% para 2026 e 2027. A economia segue superando expectativas recentes, com um crescimento de 2,9% em 2023, totalizando R$ 10,9 trilhões em bens e serviços produzidos, segundo o IBGE.
No câmbio, o mercado estima que o dólar encerre o ano em R$ 5,60, refletindo incertezas globais e domésticas. Para 2025, a previsão é de queda para R$ 5,50.
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