Israel abriu nesta terça, 12, uma nova passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, conforme anunciado pelo Exército israelense e pelo Cogat, o órgão responsável por assuntos civis nos territórios palestinos. A passagem de Kissoufim foi liberada para a entrada de caminhões com suprimentos, atendendo parcialmente à pressão dos Estados Unidos para o aumento da ajuda humanitária aos palestinos, estabelecida em carta de 13 de outubro. Os EUA deram a Israel um prazo de 30 dias para permitir maior fluxo de auxílio e ameaçaram suspender parte da assistência militar caso as demandas não fossem cumpridas.
As exigências norte-americanas incluem o ingresso diário de até 350 caminhões com ajuda humanitária, a abertura de uma quinta passagem para Gaza e a limitação das ordens de evacuação no território palestino. Entretanto, organizações humanitárias criticam a resposta de Israel, indicando que apenas quatro das 19 medidas solicitadas foram atendidas, dificultando o acesso à ajuda na região. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou na última quinta, 7, que a passagem de Kissoufim estaria disponível “nos próximos dias”, o que foi cumprido nesta terça-feira.
O contexto de conflito intensificado teve início com o ataque do grupo Hamas contra Israel em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos. Desde então, a retaliação de Israel resultou em mais de 43.600 mortes em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local, que a ONU considera confiáveis. Além disso, o conflito se estendeu ao Líbano com a participação do Hezbollah em ações de apoio ao Hamas, ampliando a violência na região.
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