A 10ª Cúpula dos Presidentes de Parlamentos do G20 (P20) encerrou-se nesta sexta, 8, em Brasília, com a aprovação de uma declaração conjunta que propõe reformas para maior inclusão dos países em desenvolvimento nos órgãos da Organização das Nações Unidas (ONU). A erradicação da pobreza é destacada no documento como essencial para o desenvolvimento sustentável, juntamente com o incentivo à criação de padrões internacionais para o uso ético da inteligência artificial.
Composta por 41 resoluções, a declaração foi dividida em três eixos principais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; transições justas para o desenvolvimento sustentável; e busca por uma governança global representativa. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa liderada pela presidência brasileira do G20, é endossada pelos parlamentares, que destacam a necessidade de reforçar políticas centradas no ser humano para promover mobilidade social e prosperidade inclusiva.
Em termos de sustentabilidade, o documento insta os países desenvolvidos a cumprirem seus compromissos do Acordo de Paris, incluindo o financiamento climático para auxiliar na adaptação dos países em desenvolvimento. A transição para uma economia menos intensiva em recursos e com menores emissões de gases de efeito estufa também é defendida, com base na cooperação e solidariedade entre as nações para enfrentar os danos causados pela crise climática.
Outro ponto de destaque foi o compromisso com o desenvolvimento responsável da inteligência artificial. O documento enfatiza a importância de normas internacionais que garantam uma IA transparente, ética e centrada no ser humano, capaz de promover inovação e prosperidade compartilhada. Além disso, os parlamentares reafirmaram a necessidade de assegurar a participação plena e igualitária das mulheres na política e economia, apoiada pela Carta de Alagoas, declaração final da Reunião de Mulheres Parlamentares do P20.
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