Na noite desse último domingo, 20, o Exército de Israel realizou uma série de ataques aéreos no Líbano, tendo como principal alvo escritórios da Al-Qard al-Hassan, uma empresa acusada de financiar o Hezbollah, movimento apoiado pelo Irã. Os bombardeios atingiram sobretudo a região sul de Beirute, onde se localizam sucursais da empresa, além de outras áreas no sul do Líbano e no Vale do Bekaa. Segundo a agência libanesa Ani, foram 11 ataques israelenses na capital e em diversas regiões do país.
A Al-Qard al-Hassan é apontada pelo governo dos Estados Unidos como uma instituição que gere as finanças do Hezbollah. Avichay Adraee, porta-voz do Exército israelense, declarou em uma rede social que a organização está diretamente envolvida no financiamento de operações terroristas do grupo. Embora os ataques tenham causado grande destruição, como no bairro de Chiyah, em Beirute, não foram registradas vítimas, pois as áreas atingidas haviam sido previamente evacuadas.
Além disso, a ONU acusou Israel de destruir deliberadamente uma torre de observação das forças de paz no sul do Líbano. O Exército israelense justificou as ações afirmando que está focado em neutralizar o Hezbollah ao longo da fronteira libanesa para garantir a segurança dos cidadãos israelenses que foram deslocados devido aos constantes ataques com foguetes. Desde o final de setembro, Israel tem intensificado suas operações no sul do Líbano, onde mais de 50 localidades foram bombardeadas no último domingo.
No mesmo dia, o Hezbollah reivindicou ataques contra bases militares israelenses no norte de Israel e afirmou ter abatido um drone do país. Enquanto o conflito entre as forças israelenses e o Hezbollah se intensifica, o enviado norte-americano, Amos Hochstein, chega ao Líbano para discutir as condições de um cessar-fogo, em meio a preocupações sobre o aumento do número de mortos e o agravamento da crise na região.
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