Peru decreta estado de emergência em Lima para combater violência

O governo do Peru declarou estado de emergência por 60 dias em 12 bairros de Lima e na cidade vizinha de Callao, em resposta ao aumento da criminalidade, especialmente extorsões contra motoristas de ônibus. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro Gustavo Adrianzén e permite que as Forças Armadas auxiliem a polícia na segurança pública. A decisão veio após uma greve de motoristas, que paralisou o transporte público na capital e levou à suspensão das aulas e à recomendação de trabalho remoto.

A greve, liderada por entidades como a Coordenadoria de Transportes Urbanos de Lima e Callao, ocorreu após o assassinato de um motorista que se recusou a pagar extorsões a gangues locais. Desde o final de agosto, quatro motoristas foram mortos, gerando revolta e insegurança entre a categoria. “Estamos parando pela segurança e pela falta de empatia do governo”, afirmou Héctor Vargas, líder sindical.

Dados do órgão estatístico peruano indicam que 28% da população urbana foi vítima de crimes entre janeiro e junho de 2024, o que representa um aumento em relação ao ano anterior. O governo de Dina Boluarte anunciou a criação de uma unidade especial de combate às extorsões e a implementação de um canal de denúncias anônimas. Moradores, como Sheyla Sánchez, expressam preocupação crescente: “Cada dia piora mais e aumenta a insegurança.”

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