O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu um inquérito civil para investigar as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. A Procuradoria Regional do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins (PRT-10) recebeu uma denúncia anônima após reportagens divulgarem que um grupo de mulheres, incluindo a ministra Anielle Franco, procurou a ONG Me Too para denunciar Almeida.
A partir da denúncia, um procurador decidiu iniciar o inquérito de ofício, sem necessidade de provocação externa. O processo é sigiloso, e o MPT não forneceu mais detalhes. Além do MPT, a Polícia Federal (PF) também está investigando as acusações e deve ouvir o ex-ministro e as vítimas nos próximos dias. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República instaurou um procedimento preliminar sobre o caso.
Anielle Franco, uma das vítimas mencionadas, pediu respeito à sua privacidade e afirmou que contribuirá com as investigações quando necessário. Ela se afastará do cargo por cinco dias após decisão do presidente Lula. Até o momento, a ministra não comentou diretamente sobre o caso, limitando-se a divulgar uma nota em suas redes sociais.
Silvio Almeida nega as acusações, classificando-as como “mentiras” e “ilações absurdas”. Sua defesa alega que ainda não teve acesso completo às denúncias feitas pela ONG Me Too e acionou a Justiça Federal para obter mais informações. A ONG, por sua vez, ainda não foi notificada sobre a interpelação judicial.
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